quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Mensagem de Natal e Ano Novo

Mensagem de Natal

“(...) Se eu fosse Deus a vida bem que melhorava,
  Se eu fosse Deus daria aos que não tem nada(...)”

                                     Eduardo Gudin e Roberto Riberti

Daria sabedoria
O suficiente para vencer os obstáculos da vida
Daria amor
Para transmitir ao próximo o prazer de viver
Daria paz
Para que a guerra não ultrapasse a barreira da fúria interior
Daria saúde
Aos que estão indo antes da missão terrena estar concretizada
Daria luz
Para que a escuridão da fome nunca se aproximasse
Daria força
Para que nunca fosse derrubado pelos tombos da vida
Daria fé
Para que a maldade do mundo não o atingisse

Como não sou Deus
Dou a vocês a esperança
De que o homem
Ainda vai acordar e enxergar no seu semelhante um ser especial
De que o homem
Ainda vai perceber que podemos viver em harmonia com a natureza
E de que ela não precisa de ajuda, simplesmente que a deixem em paz
De que o homem
Pare de brincar de ser Deus

                                                                            (Luciano Braga)


A todos meus queridos amigos
Muita luz neste Natal e que tenham um ano novo repleto de realizações pessoas e espirituais.

Que as bênçãos dos Orixás, Santos, Anjos, Arcanjos, Entidades, Jesus Cristo e Virgem Maria estejam sempre sobre nós.

Saudações poéticas.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Novos Dias - Sérgio Vaz

NOVOS DIAS - SÉRGIO VAZ


“Este ano vai ser pior...
Pior para quem estiver no nosso caminho."

Então que venham os dias.
Um sorriso no rosto e os punhos cerrados que a luta não para.
Um brilho nos olhos que é para rastrear os inimigos (mesmo com medo, enfrente-os!).
É necessário o coração em chamas para manter os sonhos aquecidos. Acenda fogueiras.
Não aceite nada de graça, nada. Até o beijo só é bom quando conquistado.
Escreva poemas, mas se te insultarem, recite palavrões.
Cuidado, o acaso é traiçoeiro e o tempo é cruel, tome as rédeas do teu próprio destino.
Outra coisa, pior que a arrogância é a falsa humildade.
As pessoas boazinhas também são perigosas, sugam energia e não dão nada em troca.
Fique esperto, amar o próximo não é abandonar a si mesmo.
Para alcançar utopias é preciso enfrentar a realidade.
Quer saber quem são os outros? Pergunte quem é você.
Se não ama a tua causa, não alimente o ódio.
Por favor, gentileza gera gentileza. Obrigado!
Os Erros são teus, assuma-os. Os Acertos Também são teus, divida-os.
Ser forte não é apanhar todo dia, nem bater de vez em quando, é perdoar e pedir perdão, sempre.
Tenho más notícias: quando o bicho pegar, você vai estar sozinho. Não cultive multidões.
Qual a tua verdade ? Qual a tua mentira? Teu travesseiro vai te dizer. Prepare-se!
Se quiser realmente saber se está bonito ou bonita, pergunte aos teus inimigos, nesta hora eles serão honestos.
Quando estiver fazendo planos, não esqueça de avisar aos teus pés, são eles que caminham.
Se vai pular sete ondinhas, recomendo que mergulhe de cabeça.
Muito amor, mas raiva é fundamental.
Quando não tiver palavras belas, improvise. Diga a verdade.
As Manhãs de sol são lindas, mas é preciso trabalhar também nos dias de chuva.
Abra os braços. Segure na mão de quem está na frente e puxe a mão de quem estiver atrás.
Não confunda briga com luta. Briga tem hora para acabar, a luta é para uma vida inteira.
O Ano novo tem cara de gente boa, mas não acredite nele. Acredite em você.
Feliz todo dia!
 
*do livro "Literatura, pão e poesia"  Global Editora
 
 
Ouça "Novos dias"

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Feira preta 2011

No ano de 2011 a feira preta comemora 10 ano de existência.


Esta é a feira que reúne a maior quantidade de expositores e artistas negros da América Latina
Evento este, que surgiu com a intenção de fortalecer a cultura negra e o empreendedorismo étnico no nosso país,  acontecerá nos dias 17 e 18 de dezembro, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo e contará com várias atrações que acontecerão durante todo o dia; shows musicais, mostra de artes plásticas, cinema, dança, teatro, literatura, modas e gastronomia. 
Uma ótima opção para o público paulistano celebrar a riqueza cultural negra e fazer suas compras de natal.
Maiores informações no site: http://www.feirapreta.com.br/?page_id=274

sábado, 3 de dezembro de 2011

Dados importantes abordados durante o curso

  • Estimativas de escravizados vindos para o Brasil:
Aproximadamente 5 milhões de escravizados desembarcaram no Brasil no período de aproximadamente 350 anos;
Entre 1530 a 1540 vieram as primeiras pessoas trazidas da Guiné especializados em agricultura; cana de açúcar.
Sec XVI
Origem: Serra Leoa, Senegal, Guiné, Guiné Bissau e Gambia;
Destino: Pará, Maranhão e Bahia;
Sec XVII
Origem: Congo, Gabão, Angola, Gana, Guiné Equatorial e Camarões;
Destino: Bahia, Pernambuco e Alagoas
Sec XVIII
Origem: Congo e Angola;
Destino: Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.
  • Grupos lingüísticos:
         Afro-asiáticos: região do deserto do Saara, miscigenação de povos locais e migrantes do oriente médio. Hoje essa região está localizada entre Quenia, Etiópia e Marrocos, antes conhecida como Magret, região do rio Nilo;
         Khoi-San ou Coisan: Região da Tanzânia;
         Nilo-Saariana: Entre o deserto do Saara e o Quenia, Chade, Sudão, região do Centro Africano;
         Niger-Cordofaniana: a lingua mais falada do continente, o Banto- que é uma palavra lingüística, reúne um complexo de sociedades de etnias e culturas diferentes, porém falam as línguas que pertencem a mesma subfamília lingüística, utilizam palavras Muntu para singular e Bantu para plural;
         Leis que antecederam a abolição
Lei Nº 581 de 04/09/1850 Lei Eusébio de Queiroz- Fim do tráfico negreiro para o Brasil;
Lei Nº 2040 de 28.09.1871 – Lei do Ventre Livre Concedia liberdade à todos os filhos de escravizadas nascidos a partir desta data;
Lei do Brasil nº 3.270 de 28 de setembro de 1885 (Lei do Sexagenário)-Concedia liberdade aos escravos com mais de 60 anos de idade. 
         Movimentos pós-abolição
Jornal “A Alvorada”: 1907- Pelotas – RGS. Seu principal objetivo era defender operários negros;
Jornal “O Menelick”: 1916-SP. Denunciava a população menos favorecida;
Frente negra Brasileira- FNB- 1931- Brasil. Movimento socioeducacional e político;
I Congresso Afro-Brasileiro: 1938, organizado por Abdias do Nascimento;
Teatro Experimental do Negro-TEN- 1944- RJ. Denunciava o preconceito e a discriminação;
Associação Cultural do Negro-1954-SP. Reivindicações sociopolíticas e surgia o departamento cultural e esportivo;
Movimento Negro Unificado Contra Discriminação Racial-MUCDR- 1978-SP-.Combate ao preconceito. Em 1979 passou a se chamar Movimento Negro Unificado;
Pastoral do Negro-1983- Brasil-. Combate ao preconceito;
Fundação Cultural Palmares-1988;
Secretaria Especial de Política de Promoção da Igualdade Racial –Seppir-2003-.Destaque político às reivindicações negras, políticas públicas;
Estatuto da Igualdade Racial -2009- Medidas para combater o preconceito e abrir espaços para a educação, saúde, emprego e terras quilombolas;
Lei Nº 3353 de 13/05/1888 – Lei Áurea;
É declarada extinta desde a data desta lei a escravidão no Brasil;



Assuntos abordados na palestra:Contribuições culturais, sociais e econômicas dos africanos pré e pós abolição




"CONTRIBUIÇÕES CULTURAIS, SOCIAIS E ECONÔMICAS DOS AFRICANOS PRÉ E PÓS ABOLIÇÃO"

Referências Bibliográficas:
·         A África explicada aos meus filhos: Alberto da Costa e Silva
·         África e Brasil Africano: Marina de Mello e Souza
·         História da África e Afro-Brasileira: Em Busca de Nossas Origens: Elisabete Melo/Luciano Braga
·         História Geral da África: UNESCO
·         Memória D’África: A temática em sala de aula: Carlos Serrano / Mauricio Waldman
·         Origens Africanas do Brasil Contemporâneo: Kabengele Munanga
·         Quilombo, Favela e Periferia: A Longa Busca da Cidadania: Lourdes Carril
·         Vídeo: Coleção - A cor da Cultura; África de A a Z; Quilombos vivos
·         Palestrante: Luciano Braga
·         Contatos: 80179369 (TIM)

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Resistência

Ontem tive a honra de assistir a um momento único, lindo e mesmo as pessoas não querendo, um ato político.
Em plena periferia, em um bar que se tornou um centro cultural, fui bombardeado de poesias retratando  protestos,  contos,  risos e choros, amores e frustrações.
Isso é uma prova que as pessoas estão acordadas, vivas, mostrando que uma parcela da sociedade não está alienada, vivendo o que a mídia impõe goela abaixo.
A Cooperifa, assim como os vários movimentos alternativos representados por saraus, mostra para as pessoas que é possível sim uma transformação, que sonhar é bom, que realizar é melhor ainda.
Ainda bem que existem pessoas que fazem isso acontecer. Começo a creditar que ainda é possível transformar essa sociedade.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Reportagem sobre ensino afro na educação

 
Mau preparo de professor atrapalha ensino de literatura afro
Educadores afirmam que há boas obras e materiais didáticos disponíveis, mas docentes ainda não sabem como trabalhá-los em sala
Marina Morena Costa, iG São Paulo | 20/11/2010 06:01


Uma menina negra, com vasta cabeleira, tenta entender por que seu cabelo não para quieto. Ela encontra um livro sobre países africanos e passa a compreender a relação entre seus cachos e a África. A história é contada no livro “Cabelo de Lelê”, de Valéria Belém, e segundo a pedagoga e pesquisadora Lucilene Costa e Silva, um dos bons exemplos de literatura afro-brasileira infantil. “Nas séries iniciais, as crianças estão construindo a identidade. Ter acesso a obras que mostrem personagens como elas é fundamental”, avalia.
Leia também
Lucilene dá aula há 20 anos na rede pública de ensino do Distrito Federal e conta que sentia falta da imagem negra nos livros de literatura infantil. “Cheguei a contar a história ‘Chapeuzinho Vermelho’ usando uma boneca negra com capuz vermelho. Hoje sei que isso não é mais necessário. A África tem histórias, personagens e enredos lindíssimos.”
Atendendo à lei 10.639, que determina o ensino de cultura afro-brasileira nas escolas, o Ministério da Educação (MEC) e as secretarias municipais e estaduais de ensino têm cada vez mais distribuído obras e vídeos protagonizados por personagens negras ou que abordam a diversidade étnico-racial. “É visível o aumento na quantidade de material didático e para-didático disponível sobre o tema após a implantação da lei”, afirma Luciano Braga, professor de Artes há 15 anos das redes municipal e estadual de São Paulo e co-autor, junto com Elizabeth Melo, do livro “História da África e afro-brasileira – em busca das nossas origens”, lançado em 13 de maio de 2010.
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Foto: Thinkstock
Educadores afirmam que a literatura infantil sobre diversidade étnica ajuda a combater a discriminação racial
O professor conta que obras com contos e lendas africanas são uma novidade recente nas duas escolas onde dá aulas. “Estamos recebendo livros nos quais o herói é uma criança negra ou onde há personagens brancos e negros. A questão não é valorizar uma cultura ou outra e sim fazer com que a criança se sinta pertencente ao meio. É assim que combatemos a discriminação”, ressalta. Da mesma forma que contos de fada e histórias europeias são narrados em sala de aula, histórias e lendas africanas e indígenas devem ser apresentadas, defende o professor.
No livro infantil “Betina”, de Nilma Lino Gomes, uma avó trança os cabelos da neta e conversa sobre seus ancestrais. “Na África as tranças têm diferentes significados e o cabelo é muito importante para a mulher. Está ligado à identidade”, explica Lucilene. Quando a professora termina de contar a história de Betina, uma menina de rosto redondo, olhos negros e cabelo todo trançado, os alunos ficam encantados. “Todas as crianças, negras e brancas, querem ser a Betina”, conta.
Formação de professores
Lucilene desenvolve pesquisa de mestrado na Universidade de Brasília (UnB) sobre a presença da literatura afro-brasileira no Programa Nacional Biblioteca da Escola do MEC, que distribui obras de literatura, pesquisa e referência para as escolas públicas brasileiras. Apesar de o ministério não ter um levantamento específico das obras que abordam essa temática, a pesquisadora afirma que os livros estão presentes no catálogo oferecido. “É um avanço, mas em muitas escolas do DF as obras chegam e ficam encaixotadas, porque os professores não sabem como trabalhá-las”, afirma.
Em São Paulo, Braga promove palestras e oficinas sobre diversidade étnica e encontra o mesmo problema: materiais didáticos deixados de lado porque os professores não sabem como usá-los.
A coordenadora da área de diversidade do MEC – Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) –, Leonor Franco, reconhece que o principal entrave para a aplicação da lei é a formação dos professores. “O nó da questão é a qualificação, a formação de professores e gestores. Não basta capacitar só os professores, tem que sensibilizar todos os funcionários da escola, os diretores, o secretário de educação. Não adianta colocar livro na escola se o professor não souber o que fazer com aquilo”, afirma.
Segundo Leonor, grande parte do problema está no ensino superior. A temática e o conteúdo da diversidade étnico-racial não estão nos cursos de licenciatura: “Nossa formação continuada é quase uma formação inicial”, critica. Outro desafio é a ampliação de parcerias para oferecer cursos de capacitação. Atualmente os editais do MEC são voltados apenas para instituições de ensino superior federais e estaduais. “Temos secretarias de ensino que têm condições de promover capacitação. O resultado é que a gente tem tido dinheiro (na Secad), mas poucos projetos bons para formação de professores.”
Salloma Salomão, músico e doutor em História Social pela PUC-SP, atua na formação de docentes pela rede de educadores Aruanda Mundi. Nos últimos cinco anos, cerca de 3 mil professores de mais de cinco Estados diferentes foram capacitados. “Faltam investimentos das secretarias em projetos formativos sistemáticos e de longa duração”, aponta. Segundo Salomão, os cursos oferecidos pela Aruanda têm duração mínima de 120 horas, mas o ideal seriam 360 horas e dois anos de duração.
O historiador destaca a importância do uso das tecnologias na capacitação dos docentes. Por meio de plataformas da internet, Salomão promove a interação de professores brasileiros com africanos, principalmente de países de língua portuguesa. “Falar de África não significa tirar o sapato e pisar na terra. Há inúmeras possibilidades com o uso da tecnologia. Eu precisava de um mapa étnico-linguístico da África e um pesquisador da universidade de Coimbra nos forneceu o material. É um processo de aprendizagem com o que há de mais contemporâneo.”
 
Veja a lista de obras de literatura afro-brasileira para crianças indicadas pela professora e pesquisadora Lucilene Costa e Silva:
A serpente de Olumo – Ieda de Oliveira – Ed Cortez Editora
ABC do continente africano –Rogério A. Barbosa – Ed. SM
Anansi, o velho sábio – Um conto Axanti recontado por Kaleki – Ed Companhia das Letrinhas
Ao sul da África – Laurence Questin – Catherine Reisser – Companhia das Letrinhas
Betina – Nilma Lino Gomes – Mazza Edições
Brinque- Book conta fabulas – Bob Hortman e Susie Poule
O Cabelo de Lelê – Valéria Belém – Ibep Nacional
Chuva de Manga – James Rumford – Ed brinque Book
O dia em que Ananse espalhou a sabedoria pelo mundo – Eraldo Miranda – Editora Elementar
Doce princesa Negra- Solange Cianni- Ed-L.G.E
 
Era uma vez na África – Jean Angelles – Ed. LGE
Euzebia Zanza – Camila Fillinger – Ed Girafinha
O funil Encantado - Jonas Ribeiro - Ed Dimensão
Gente que mora dentro da gente-Jonas Ribeiro-Ed Dimensão
Histórias da Preta – Heloisa Pires Lima –Ed. Companhia das Letrinhas
Ifá, o advinho; Xango, o Trovão; Oxumarê, o Arco-iris – Raginaldo Prandi – Ed. Companhia das Letrinhas
 
Krokô e Galinhola – Um conto africano por Mate – Ed brinque Book
O livro da paz-Todd Parr- Ed Panda-Book
Lendas Africanas. E a força dos tambores cruzou o mar - Denise Carreira - Ed. salesiana
O mapa – Marilda Castanha – Ed. Dimensão
Meia dura de sangue seco – Lourenço Cazarré – Ed. LGE
Na minha escola todo mundo é igual - Rossana Ramos e Priscila Sanson - Ed Cortez
Nina África – Lenice Gomes, Arlene Holanda e Clayson Gomes – Ed. elementar
A noite e o Maracatu – Fabiano dos Santos – Ed Edições Demócrito Rocha
Orelhas de Mariposa - Luiza Aguilar e Andre Neves-Ed Callis
O presente de Ossanha – Joel Rufino dos Santos- Ed. Global
Por que somos de cores diferentes? – Carmem Gil- Ed girafinha
Que mundo maravilhoso – Julius Lester e Joe Cepeda – Ed Brinque Book
Sergio Capparelli – Ed. Global
Tem gente com fome – Solano Trindade Ed. Nova Alaxandria
Os tesouros de Monifa – Sonia Rosa – Ed Brinque-Book
Todas as crianças da terra – Sidónio Muralha –Ed Global
Uma menina e as diferenças – Maria de Lourdes Stamato de Camilis-Ed Biruta
Viver diferente – Lilian Gorgozinho – Ed L.G. E Editora

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

grandes aprendizados, grandes professores



Grandes aprendizados, grandes professores


Por Bia Mendes
Educação não vem só de casa, vem de todos os lados. A gente aprende com aqueles amigos que dão conselhos, com os pais dos amigos, com estranhos na rua (quando estes nos fazem pensar, com atitudes singelas), enfim, aprendemos com muitas das pessoas que cruzam nosso caminho. Porém, ainda assim, a escola é onde acontece boa parte do nosso desenvolvimento.
Nossa jornada escolar dura 11 anos da nossa vida, nos quais geralmente ganhamos nossos melhores amigos, conhecimentos úteis (ou inúteis) e boas, engraçadas (ou vergonhosas) lembranças. Conhecemos também vários professores e de alguns a gente esquece o nome, não lembra muito. Enquanto outros são memoráveis e viram sinônimo de admiração e referência.

Posso afirmar que fui muito, mas muito sortuda na minha vida escolar :) e vou tentar comentar dos meus grandes professores, por “ordem de chegada” rs
A primeira, linda e muito querida foi uma do pré, chamada Luciana. Ela era gordinha e eu adorava abraçá-la! Ela não ficava mandando, e a aula era muito, muito gostosa…não tinha um dia que eu não voltava com um big sorriso no rosto!
No fundamental tive a Maria José, que não desistia em pegar a mão de cada um, com muita paciência e acima de tudo, amor! Ela adorou receber a notícia de que entrei na faculdade, porque como ela dizia, “somos também filhos dela”.
No ensino médio tive 3 professores que merecem todo reconhecimento do mundo!
O primeiro deles, é o professor Rodrigo Salmazo, de matemática. Confesso que de tão calmo algumas aulas causavam sono rs ele é um poço de paciência, e explicava tudo com tanta naturalidade, que podia ser uma equação de 100° grau, a gente respondia brincando! E mesmo trabalhando com matemática (algo não obviamente fácil de fugir do convencional), ele tirava a gente da sala de aula, com uns planos incríveis! Uma vez fizemos um objeto (não me lembro o nome), e saímos medindo as árvores da escola inteira rsrsrs nesse dia até aqueles alunos que não param na sala, participaram até o fim ;)
Outro professor foi o Luciano Braga, de artes. Já na 5ª ou 6ª série, nada de ficar desenhando sol e casinha: a gente trabalhava a coordenação motora, fazia teatro (junto com a Ana Karina Manson, que vou comentar abaixo), levava instrumentos pra escola. Ele foi um dos responsáveis pelas feiras de ciências, as semanas culturais, as apresentações…sempre incentivando e pirando no que a gente tivesse vontade. Com ele, também, fizemos na 8ª série um curta em homenagem às mães (ele mostra pros alunos até hoje). Participamos também de um festival de teatro, com uma das peças, que tratava o consumo de água…gostoso mesmo era alguém acreditar na beleza das coisas, e despertar vontade criativa!
Por fim, a Ana Karina Manson, professora de língua portuguesa e atriz, que eu admiro muito. Músicas do Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Chico Buarque…era ela que levava. E ela tem um costume, que não é pra muitos. Todos os anos, todas as turmas, promovem ao menos 4 saraus. Sabe o que é chegar numa sala de escola pública, montada em círculo, com todos os alunos preparadinhos pra recitar, aplaudir e se divertir com poesia? Era desde os mais nerds até os mais inquietos, todo mundo! Além de no fim do ano, cada um produzir sua própria antologia poética (todos faziam um combo de poesias próprias). Ela acreditava, em cada um, e me inspirou muito a acreditar também, e nunca ficar calado, e nunca se contentar com pouco, nem mesmo ficar parado.
Obrigada, mesmo, vocês me ensinaram muitas das coisas que eu sei ou valorizo hoje. Se todas as escolas tivessem professores assim…ahh, o Brasil seria bem melhor!