segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Um novo olhar para sua história: Angola e Moçambique contada por meio de Cordel




    

Esta coleção tem por objetivo introduzir ao público leitor as histórias de cinco países africanos (Angola, Cabo-Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe) de língua portuguesa. Estes países, assim como o Brasil, passaram por processos históricos de colonização, escravização e exploração ao longo de séculos. Por outro lado, exibem riquezas e belíssimas paisagens naturais, além de culturas únicas, próprias de povos que mantêm tradições socioculturais milenares inseridas dentro de um contexto de modernidade. Portanto, tais histórias, contadas por meio de cordéis e ilustrações, que seduzem e encantam os leitores propiciando-lhes uma viagem mental a essa porção do continente africano. Acreditamos que o conhecimento contribui para a desconstrução de percepções estereotipadas sobre povos e culturas. Desta forma abrem-se caminhos para novos entendimentos, para uma cultura de paz universal.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

10º seminário O Negro e a Educação: Desconstruindo e Construindo Imagens




A diferença na educação se faz com atitudes, força de vontade e unidade. 

Nosso 10º Seminário O Negro e a Educação: Desconstruindo e Construindo imagens, teve como tema gerador a educação e resistência negra na periferia. Tivemos a presença de palestrantes, oficineiros, alunos e um público muito interessado e participativo.

domingo, 4 de maio de 2014

Racismo institucional na USP

NOTA DE REPÚDIO AO RACISMO INSTITUCIONAL NA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (FMUSP)
O Centro Acadêmico dos cursos de Nutrição e Saúde Pública da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP/USP) Emilio Ribas (CAER) vem por meio desta repudiar a ação racista do corpo de segurança da FMUSP que na noite de quarta-feira (30/05) impediu a entrada na aluna do 1° ano de Graduação em Saúde Pública Mônica Mendes Gonçalves por ser preta.
Ao chegar na entrada do prédio da FMUSP por volta das 19:40h, ela foi impedida de entrar mesmo após apresentar sua carteirinha sob o argumento de que só era permitida a entrada de alunos da medicina pois haveria uma festa, logo o CAOC (Centro Acadêmico de Medicina onde fica o Pub Med. local onde Mônica marcou de se encontrar com outros colegas de turma) estava sendo evacuado. Notando porém, que outras pessoas não estavam tendo problemas em entrar no prédio, Mônica o contornou e notou que seus colegas de turma estavam dentro do Pub Med. e que no mesmo não havia festa alguma. Retornou a entrada principal questionando o real motivo do impedimento em vista da incompatibilidade entre a justificava apresentada pelos seguranças e o que havia visto e solicitando um responsável que pudesse mediar a questão.
Um guarda, que se identificou como o responsável por intervir nessas situações se apresentou e nesse mesmo momento um homem branco entrou no prédio sem precisar se identificar.
Escoltada pelos seguranças, Mônica entrou no prédio depois de muito argumentar que estava tendo seu direito de ir e vir violado.
O racismo institucional é justamente o elemento que quando negado inviabiliza seu enfrentamento e erradicação. Com isso o povo preto se vê constantemente alijado de seus direitos constitucionais e exercício de sua cidadania plena. A ausência desse reconhecimento pela Universidade de São Paulo é nítida visto sua posição inflexível quanto a adesão do sistema de cotas, o que é só um exemplo de uma série de mecanismos aparentemente sutis ora implícitos ora explícitos que estão presentes na atuação de seus agentes que inviabilizam o tratamento e acesso equânime entre quem branco e quem é preto.
Foi com o argumento de estar cumprindo ordens que a segurança da FMUSP barrou a companheira Monica na entrada, justamente o mesmo argumento que se utiliza a Polícia Militar para se justificar quando assassina jovens pretos nas periferias de todo o país.
Entre os diversos casos de racismo na USP esse ano tivemos os ocorridos em 13/03 em o do professor André Martin, chefe do Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia e Letras, que disse que “Se o exército brasileiro não estiver lá (no Haiti), quem vai pôr ordem na macacada?” e o de 8/04 onde no campus Ribeirão um jovem preto estudante de Direito foi ameaçado com uma arma de fogo e insultado por um Policial Civil dentro do campus Ribeirão.
Nós pretos somos a maioria apenas entre o contingente de profissionais precarizados que servem os filhos da elite branca nessa universidade e a FMUSP é uma representante importante dessa realidade. A Casa de Arnaldo Vieira de Carvalho parece não ter superado seu passado eugenista, o povo preto tem menos de 2% de nossos irmãos e irmãs como alunos.
RACISTAS NÃO PASSARÃO!!!

Centro Acadêmico Emilio Ribas Gestão Pluralidade 2014

terça-feira, 8 de abril de 2014

João Cândido, o almirante negro da esquadra revoltosa


Matéria publicada em 2010, mas nunca é demais relembrar nossos verdadeiros heróis que sempre foram injustiçados pela história e pela mídia em geral

Luiz Carcerelli


Após a decretação da Lei de Terras, em 1850, ficou determinado que a terra só poderia ser adquirida pela compra e os ex-escravos ficaram impossibilitados de ter acesso à terra. Com a publicação da "Lei Áurea" em 1888, uma alternativa para os negros passou a ser o trabalho, como marujo, na Marinha de Guerra do Brasil. Nos navios, no entanto, as humilhações, exploração e brutalidade do tempo da escravidão não haviam findado, eram permitidos os castigos físicos contra os marinheiros que infringissem as regras draconianas. Obviamente, para o oficialato as regras eram outras. Tal fato diminuía o número de voluntários, que eram supridos com o recrutamento forçado, feito pela polícia. Tais castigos foram abolidos quando da Proclamação da República e restabelecidos um ano depois. Estavam previstas as seguintes penalidades:
"Para as faltas leves, prisão a ferro na solitária, por um a cinco dias, a pão e água; faltas leves repetidas, idem, por seis dias, no mínimo; faltas graves, vinte e cinco chibatadas, no mínimo."
AS MELHORES INFLUÊNCIAS
Em 15 anos de carreira militar, João Cândido fez várias viagens pelo Brasil e por vários países, mas a que maior influência teve sobre ele foi para a Grã Bretanha em 1909, para acompanhar o final da construção de navios de guerra encomendados pelo governo brasileiro. Lá, além de vivenciar a diferença com a qual eram tratados os marujos britânicos e os brasileiros, tomou consciência da revolta do navio russo Encouraçado Potenkin, em 1905.
Ainda na Inglaterra, João Cândido montou clandestinamente um Comitê Geral para preparar a revolta. Esse comitê se ramificou em vários comitês revolucionários em diferentes navios. Em 1910, no Rio de Janeiro, se junta ao comitê Francisco Dias Martins, o Mão Negra, que havia ficado conhecido pela carta que escreveu sob este pseudônimo, denunciando a chibata.
Na noite de 22 de novembro de 1910, amotinou-se a tripulação do Encouraçado Minas Gerais. Quando o comandante retornou de um jantar em navio francês, tentou resistir e foi morto a tiros e coronhadas. Além deles, outros cinco oficiais foram executados. Alertados por um tenente ferido, os oficiais do Encouraçado São Paulo debandaram para terra e essa unidade da Armada também aderiu ao levante. O mesmo aconteceu com o Deodoro e com o Cruzador Bahia, além de embarcações menores, fundeadas na Baía de Guanabara.
Na manhã do dia 23, de posse dos navios e das armas, os marinheiros sublevados apresentaram ultimatum, ameaçando abrir fogo sobre a Capital Federal. João Cândido, o Almirante Negro, como ficou conhecido, liderava a revolta e a redação do documento foi de Francisco Dias Martins. Dizia a carta:
"O governo tem que acabar com os castigos corporais, melhorar nossa comida e dar anistia a todos os revoltosos. Senão, a gente bombardeia a cidade, dentro de 12 horas."
"Não queremos a volta da chibata. Isso pedimos ao presidente da República e ao ministro da Marinha. Queremos a resposta já e já. Caso não a tenhamos, bombardearemos as cidades e os navios que não se revoltarem."
A Marinha esboçou um ataque com dois navios menores, prontamente repelidos pelos revoltosos que abriram fogo contra a Ilha das Cobras (base naval) e dispararam tiros de advertência sobre o Palácio do Catete (sede do executivo).
Surpreendido e temendo o combate, o Estado brasileiro na pessoa do marechal Hermes da Fonseca, então presidente da República, aceitou as exigências dos revoltosos. Mas a estratégia do governo ficaria clara alguns dias depois.
Hermes da Fonseca abole os castigos físicos e promete anistia para os que se entregassem. Os marinheiros depõem as armas e sucede-se o que sempre acontece quando se confia em um Estado reacionário.
A reação desencadeou feroz perseguição aos marinheiros revoltosos. Às dezenas, os marujos foram encarcerados em porões de navios ou nas masmorras da Ilha das Cobras. O barco de guerra Satélite foi palco de numerosos fuzilamentos.
Já no dia 28 de novembro, alguns marujos são expulsos da Armada por serem "inconvenientes à disciplina". No dia 4 de dezembro, quatro marinheiros foram presos acusados de conspiração. Muito desorganizados, no dia 9, os fuzileiros navais da Ilha das Cobras sublevam-se e são duramente bombardeados, mesmo tendo hasteado a bandeira branca. Dos 600, sobrevivem apenas cem. Na sequência, vários foram desterrados e condenados a trabalhosDescrição: http://cdncache-a.akamaihd.net/items/it/img/arrow-10x10.png forçados nos seringais da Amazônia, sendo que sete foram assassinados no caminho.
Mas esses monstruosos crimes não foram capazes de quebrar a rebeldia dos marinheiros. Muitos participantes da rebelião de 1910 ligaram-se anos depois ao movimento revolucionário. O marinheiro Normando, comandante de um dos barcos rebelados, ingressou nas fileiras do Partido Comunista do Brasil – PCB. Em 1924, os marinheiros novamente sublevaram-se no encouraçado São Paulo. Em 1935, incorporaram-se às centenas à luta da Aliança Nacional Libertadora e mais tarde, em 1964, compuseram a linha de frente da resistência contra o gerenciamento militar-fascista.
O ódio zoológico nutrido pela oficialidade da Marinha a João Cândido manteve-se irretocado e foi renovado ano após ano. Em 6 de dezembro de 1969, o líder da rebelião da esquadra de 1910 faleceu sem receber nenhum centavo da marinha.
Ainda na década de 1970, a reação destilava seu veneno contra João Cândido e seus companheiros. A censura do gerenciamento militar mutilou a bela música de João Bosco e Aldir Blanc, O mestre sala dos mares, trocando as palavras marinheiro por feiticeiro, almirante por navegante, bloco de fragatas por alegria das regatas, e outras mais, tirando muito de sua força.
Em 22 de Novembro de 2007, quando se completaram 97 anos da Revolta, foi inaugurada uma estátua em homenagem ao "Almirante Negro" nos jardins do Museu da República, antigo Palácio do Catete. A estátua, de corpo inteiro, de João Cândido com o leme em suas mãos, foi afixada de frente para o mar.
Em 24 de julho de 2008, 39 anos depois da morte de João Cândido, publicou-se, no Diário Oficial da União, a Lei Nº 11.756 que concedeu "anistia" ao líder da Revolta da Chibata e a seus companheiros. No entanto, a lei foi vetada na parte em que determinava a reintegração de João Cândido à Marinha do Brasil o reconhecimento de sua patente e devidas promoções e o pagamentoDescrição: http://cdncache-a.akamaihd.net/items/it/img/arrow-10x10.png de todos os seus direitos e de seus familiares.
Em 20 de Novembro de 2008, a estátua do Almirante Negro foi retirada do Palácio Catete e colocada na Praça Quinze de Novembro, no Centro da cidade do Rio de Janeiro. Lá, às margens da Baia da Guanabara, a imponente figura de João Cândido certamente está mais à vontade, entre os populares que passam e param para lhe render homenagem, entre tantos filhos do povo como ele negros, pobres, explorados, revoltosos.
O Mestre Sala dos Mares

(João Bosco / Aldir Blanc)
Composição original


Há muito tempo nas águas da Guanabara
O dragão do mar reapareceu
Na figura de um bravo marinheiro
A quem a história não esqueceu
Conhecido como o almirante negro
Tinha a dignidade de um mestre sala
E ao navegar pelo mar com seu bloco de fragatas
Foi saudado no porto pelas mocinhas francesas
Jovens polacas e por batalhões de mulatas
Rubras cascatas jorravam das costas
dos negros pelas pontas das chibatas
Inundando o coração de toda tripulação
Que a exemplo do marinheiro gritava então
Glória aos piratas, às mulatas, às sereias
Glória à farofa, à cachaça, às baleias
Glória a todas as lutas inglórias
Que através da nossa história
Não esquecemos jamais
Salve o almirante negro
Que tem por monumento
As pedras pisadas do cais
Mas faz muito tempo
http://www.anovademocracia.com.br/no-71/3152-100-anos-da-revolta-da-chibata-joao-candido-o-almirante-negro-da-esquadra-revoltosa

segunda-feira, 24 de março de 2014

Lei 15939 que aprova cotas raciais na Prefeitura de São Paulo



O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), sancionou o projeto de lei que cria cotas para a comunidade negra no serviço público municipal. Haddad ratificou o projeto assinado pela bancada do PT na Câmara e que já havia sido aprovado pelo Legislativo.
O texto publicado no Diário Oficial desta terça-feira (24/03/2014)) determina que “todos os órgãos da administração pública direta e indireta do município de São Paulo ficam obrigados a disponibilizar em seus quadros de cargos e comissão e efetivos o limite mínimo de 20% das vagas e/ou cargos públicos para negros, negras ou afrodescendentes.”

Segue a lei 15939
LEI Nº 15.939, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2013
(PROJETO DE LEI Nº 223/13, DOS VEREADORES REIS – PT, ALESSANDRO GUEDES – PT, ALFREDINHO - PT, ARSELINO TATTO – PT, JAIR TATTO – PT, JOSÉ AMÉRICO – PT, JULIANA CARDOSO – PT , NABIL BONDUKI – PT, PAULO FIORILO – PT, SENIVAL MOURA – PT E VAVÁ – PT)
Dispõe sobre o estabelecimento de cotas raciais para o ingresso de negros e negras no serviço público municipal em cargos efetivos e comissionados.
FERNANDO HADDAD, Prefeito do Município de São Paulo, no uso das atribuições que lhe são conferidas por lei, faz saber que a Câmara Municipal, em sessão de 27 de novembro de 2013, decretou e eu promulgo a seguinte lei:
Art. 1º Todos os órgãos da Administração Pública Direta e Indireta do Município de São Paulo ficam obrigados a disponibilizar em seus quadros de cargos em comissão e efetivos o limite mínimo de 20% (vinte por cento) das vagas e/ou cargos públicos para negros, negras ou afrodescendentes.
§ 1º Para os efeitos desta lei, consideram-se negros, negras ou afrodescendentes as pessoas que se enquadram como pretos, pardos ou denominação equivalente, conforme estabelecido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, ou seja, será considerada a autodeclaração.
§ 2º Os percentuais mínimos previstos no “caput” deste artigo aplicam-se à contratação de estágio profissional desenvolvido pela Administração Direta e Indireta do Município de São Paulo.
§ 3º Será garantida a equidade de gênero para composição das ocupações a que se refere a presente lei.
Art. 2º Para investidura em cargos efetivos e/ou estatutários os beneficiários das cotas garantidas pela presente lei necessariamente deverão prestar concurso público para seu ingresso no serviço público.
Art. 3º Em caso de não preenchimento do percentual mínimo para ingresso através de concurso público, as vagas remanescentes serão distribuídas aos demais candidatos.
Parágrafo único. O disposto no “caput” não se aplica em relação aos cargos comissionados.

http://www.sinesp.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=11438:lei-no-15939-de-23-de-dezembro-de-2013-dispoe-sobre-o-estabelecimento-de-cotas-raciais-para-o-ingresso-de-negros-e-negras-no-servico-publico-municipal-em-cargos-efetivos-e-comissionados&catid=48:saiu-no-doc&Itemid=221

segunda-feira, 3 de março de 2014

Cafe com Leite (água e azeite) completo

Um filme para refletir sobre o Mito da Democracia Racial no Brasil.
"Este vídeo está disponível em vários links, porém, em seis partes, deste modo tomei a liberdade de juntá-las para ficar mais fácil para que professores de Filosofia, Sociologia, História, possam baixar para que seus alunos possam terem acesso a informação de qualidade.
Um dos melhores vídeos para trabalhar a questão da negritude no Brasil. Parabéns aos produtores deste trabalho, pois prestam um serviço monumental para os alunos.
Com uma linguagem simples, sem o academicismo que muitas vezes impedem a compreensão dos alunos e daqueles que ainda não entenderam que o Brasil é um país extremamente racista."
                                                                                                                              (Lelo Silveira)


sábado, 8 de fevereiro de 2014

Site para baixar a coleção História Geral da África


São oito volumes, o mais completo material produzido e publicado sobre esse imenso continente

[Download de publicações] O Ministério da Educação (MEC), por meio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi), disponibiliza publicações com a temática "Diversidade Étnico-Racial". Entre elas, a coleção "História Geral da África", "Contribuições para Implementação da Lei 10.639/2003" e "Orientações e Ações para a Educação
das Relações Étnico-Raciais". Confira: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=13165&Itemid=913

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

As disparidades raciais no mercado de trabalho

As disparidades raciais no mercado de trabalho continuam altas

03/02/2014 | Publicado por dennisoliveira em Sem categoria 
No dia 30 de janeiro, o IBGE apresentou sua Pesquisa Mensal de Emprego e Desemprego (PME) referente ao ano de 2013. O dado mais significativo deste estudo foi que os trabalhadores negros ganharam, no ano passado, um rendimento equivalente a 57,4% dos brancos – ou seja, pouco mais da metade.
O rendimento médio dos trabalhadores brancos foi de R$2.396,74 e dos negros, R$1.374,79. Esta diferença vem caindo nos últimos dez anos. Em 2003, os trabalhadores negros ganhavam 48,4%; em 2012, foi 56,1% e no ano passado chegou a 57,4%. Nesta velocidade, de um ponto percentual por ano, teremos ainda mais 43 anos para se chegar a igualdade de rendimentos.
É difícil detectar as raízes destes pequenos avanços. Infere-se que as políticas do atual governo de valorização do salário mínimo, de incentivo a uma maior formalização do mercado profissional, a redução do desemprego, entre outros, tenham contribuído para que os trabalhadores dos escalões mais subalternos tenham tido aumentos maiores que os demais. Como a presença de negros nestes escalões é maior, é possível que isto tenha influenciado esta pequena redução da disparidade racial no mercado profissional.
Fica nítido com estes dados que as políticas públicas de caráter generalista são extremamente limitadas para enfrentar as disparidades raciais, por maiores e mais eficientes que elas sejam. Devido ao tamanho do fosso, as políticas de ação afirmativa são mais que necessárias para que esta desigualdade seja combatida. É isto que o movimento anti-racista tem reivindicado e que, infelizmente, muitas pessoas, inclusive que se dizem de esquerda, ainda não se atentaram para o problema.

Fonte: http://revistaforum.com.br/quilombo/2014/02/03/as-disparidades-raciais-no-mercado-de-trabalho-continuam-altas/

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Mensagem para um ano de conquistas e alegrias

Neste novo ano Não entre apenas com o pé direito Entre com o corpo e a alma Pense Mas pense nas alegrias que irá ter Viva Mas viva cada dia de sua vida como se fosse o último ou o primeiro Relaxe Ma relaxe como se estivesse em baixo de uma árvore olhando o balançar de suas folhas Sinta o som do coração Mas sinta-o pulsar como se fosse à bateria de uma escola de samba entrando para desfilar Perceba o fluxo Mas o fluxo do sangue correndo em suas veias como se fossem as águas que percorrem os rios em busca de uma cachoeira Sinta o calor de seu corpo Mas esse calor queimando com se fosse o sol irradiando sua energia para todos os cantos e povos desse planeta Neste novo ano Ame e faça amor Ria e faça alguém sorrir Faça o bem para você e para o próximo Abrace, pule, beije Neste novo ano Não olhe apenas para você Olhe sempre ao seu redor E pratique a paz