sexta-feira, 14 de outubro de 2011

grandes aprendizados, grandes professores



Grandes aprendizados, grandes professores


Por Bia Mendes
Educação não vem só de casa, vem de todos os lados. A gente aprende com aqueles amigos que dão conselhos, com os pais dos amigos, com estranhos na rua (quando estes nos fazem pensar, com atitudes singelas), enfim, aprendemos com muitas das pessoas que cruzam nosso caminho. Porém, ainda assim, a escola é onde acontece boa parte do nosso desenvolvimento.
Nossa jornada escolar dura 11 anos da nossa vida, nos quais geralmente ganhamos nossos melhores amigos, conhecimentos úteis (ou inúteis) e boas, engraçadas (ou vergonhosas) lembranças. Conhecemos também vários professores e de alguns a gente esquece o nome, não lembra muito. Enquanto outros são memoráveis e viram sinônimo de admiração e referência.

Posso afirmar que fui muito, mas muito sortuda na minha vida escolar :) e vou tentar comentar dos meus grandes professores, por “ordem de chegada” rs
A primeira, linda e muito querida foi uma do pré, chamada Luciana. Ela era gordinha e eu adorava abraçá-la! Ela não ficava mandando, e a aula era muito, muito gostosa…não tinha um dia que eu não voltava com um big sorriso no rosto!
No fundamental tive a Maria José, que não desistia em pegar a mão de cada um, com muita paciência e acima de tudo, amor! Ela adorou receber a notícia de que entrei na faculdade, porque como ela dizia, “somos também filhos dela”.
No ensino médio tive 3 professores que merecem todo reconhecimento do mundo!
O primeiro deles, é o professor Rodrigo Salmazo, de matemática. Confesso que de tão calmo algumas aulas causavam sono rs ele é um poço de paciência, e explicava tudo com tanta naturalidade, que podia ser uma equação de 100° grau, a gente respondia brincando! E mesmo trabalhando com matemática (algo não obviamente fácil de fugir do convencional), ele tirava a gente da sala de aula, com uns planos incríveis! Uma vez fizemos um objeto (não me lembro o nome), e saímos medindo as árvores da escola inteira rsrsrs nesse dia até aqueles alunos que não param na sala, participaram até o fim ;)
Outro professor foi o Luciano Braga, de artes. Já na 5ª ou 6ª série, nada de ficar desenhando sol e casinha: a gente trabalhava a coordenação motora, fazia teatro (junto com a Ana Karina Manson, que vou comentar abaixo), levava instrumentos pra escola. Ele foi um dos responsáveis pelas feiras de ciências, as semanas culturais, as apresentações…sempre incentivando e pirando no que a gente tivesse vontade. Com ele, também, fizemos na 8ª série um curta em homenagem às mães (ele mostra pros alunos até hoje). Participamos também de um festival de teatro, com uma das peças, que tratava o consumo de água…gostoso mesmo era alguém acreditar na beleza das coisas, e despertar vontade criativa!
Por fim, a Ana Karina Manson, professora de língua portuguesa e atriz, que eu admiro muito. Músicas do Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Chico Buarque…era ela que levava. E ela tem um costume, que não é pra muitos. Todos os anos, todas as turmas, promovem ao menos 4 saraus. Sabe o que é chegar numa sala de escola pública, montada em círculo, com todos os alunos preparadinhos pra recitar, aplaudir e se divertir com poesia? Era desde os mais nerds até os mais inquietos, todo mundo! Além de no fim do ano, cada um produzir sua própria antologia poética (todos faziam um combo de poesias próprias). Ela acreditava, em cada um, e me inspirou muito a acreditar também, e nunca ficar calado, e nunca se contentar com pouco, nem mesmo ficar parado.
Obrigada, mesmo, vocês me ensinaram muitas das coisas que eu sei ou valorizo hoje. Se todas as escolas tivessem professores assim…ahh, o Brasil seria bem melhor!

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