Como é bom conversar, debater, trocar novas experiências sobre nossas raízes.
O seminário contribuiu demais para o enriquecimento dessas idéias. Saber sobre a cultura e a religião indígena foi muito gratificante. Awa, do grupo étnico Tupi Guarani falou do respeito do grupo com as demais religiões, o que não acontece com algumas religiões a respeito dos ritos e costumes religiosos indígenas. Falou sobre a importância de manter viva as tradições dos antepassados, da oralidade e dos costumes, como a caça e a pesca, ressaltando que só se mata para comer, não para satisfazer o desejo doentio de destruir, a força das ervas medicinais, do “curandeirismo”, terminando sua contribuição falando para todos que Deus é único e cada um dá o nome como quer para essa maravilhosa energia que move a terra.
Paula Bittencourt mostrou brilhantemente a relação de algumas religiões vindas do continente africano com o catolicismo imposto no Brasil no período de colonização, ressaltou as artimanhas que os escravizados utilizavam para adorar seus orixás sem que fossem descobertos e até mortos por não praticar o catolicismo.
Assim como Awa, falou dos preconceitos religiosos que as religiões não católicas ou não evangélicas sofreram e ainda sofrem aqui no Brasil, e nos mostrou a importância do respeito pela natureza, pelo próximo, pela vida que as religiões de matrizes afro nos deixam.
Foi uma tarde adorável mostrando como alguns educadores se preocupam com a igualdade e o respeito entre os povos, a igualdade, não no sentido de ser igual, mas em relação aos valores de cada povo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário